Respostas humanitárias são desafios cada vez mais presente para os governos
Muita informação de serviço, respostas rápidas, e presença de autoridades são elementos fundamentais na ação humanitária depois de desastres naturais. Essas são lições aprendidas pelas secretarias de comunicação de estados bastante diferentes como Acre, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, apresentadas durante o 4º Fórum Nacional das Secretarias Estaduais de Comunicação, que nessa quarta reunião foi recebido pelo Governo do Pará. O encontro teve a participação de 24 secretarias de comunicação de todo o Brasil, e foi realizado nos dias 18 e 19, em Belém.
O governador do Pará, Helder Barbalho, destacou a relevância da comunicação pública para aproximar a sociedade da gestão pública. “A comunicação pública é fundamental para colaborar com o acesso às ações governamentais e fazer com que os governos sejam capazes de estar sintonizados com os anseios da população. E aqui, com este encontro nacional, é o momento de trocar experiências, bons exemplos para nacionalizar a aplicação de uma comunicação que seja ágil, eficiente e que atinja o seu objetivo, que é um governo que cuida da população”, enfatizou durante a abertura do evento.
O Acre enfrentou em 2022 e 2023 três fenômenos extremos, duas grandes enchentes e a maior seca em 50 anos do estado. O Rio de Janeiro enfrentou uma grande enchente na região serrana, perto de Petrópolis, em fevereiro de 2023. Já o Rio Grande do Sul viu três cidades da região do rio Taquari serem devassadas em setembro de 2023.
Na atuação dos três governos, estratégias de comunicação combinaram a gestão dos desastres com a defesa civil, a oferta de orientação para a população afetada e para quem queria ajudar as pessoas deslocadas, investiram na forte presença dos governadores nos canais de comunicação com a população, e se prepararam para enfrentar o desafio de encarar novos fenômenos climáticos.
Intercâmbio de ideias
O compartilhamento de experiências e de aprendizagens é um dos princípios do Fórum de Secretários. Nos dois dias de debate, assuntos como meio ambiente, mídias tradicionais e evolução tecnológica, além de oportunidades para o Brasil com a COP 30, serão abordados.
“Este encontro é uma oportunidade que nós temos de apresentar para cada parte do país a Amazônia, o quanto somos diversos e o quanto estamos trabalhando para receber a COP 30, em 2025. Está sendo uma troca de experiências única, em que estamos aprendendo um pouco com cada exemplo aqui compartilhado”, pontuou a secretária de Estado de Comunicação do Pará, Vera Oliveira, anfitriã do encontro.
André Curvello, presidente do Conselho e secretário de Comunicação do Estado da Bahia, destacou a importância da discussão coletiva de debates nacionais. “É um momento de aprendizado com pessoas do Nordeste, do Sul, que buscam aqui inspirações e novas experiências. O fórum é isso, uma troca de experiência profissional e cultural. A gente com certeza vai sair daqui mais forte, vai sair daqui com um conhecimento ainda maior, não só de comunicação, mas também de cultura, de uma terra que a gente tem muito respeito, muito carinho, que é o Pará”, disse.
Entre os outros debates da reunião estão o uso da inteligência artificial no serviço e na comunicação pública, o debate sobre a lei das fake news no Congresso Nacional na visão do autor da lei, o deputado federal Orlando Silva (PcdoB-SP), e a força da TV e do rádio no Brasil, mesmo em tempos de IA e expansão das redes sociais.